Caso clínico – Hipertrofia Adenoide a amigdala em criança de 13 meses de vida

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Caso clínico – Hipertrofia Adenoide a amigdala em criança de 13 meses de vida

Paciente S.M.N, 1 ano e 1 mês de vida, masculino, veio acompanhado na primeira consulta com a mae referindo que o filho nao conseguia dormir. Apresentava intensos roncos noturnos e agitação motora desde os 8 meses de vida.

Crescimento e desenvolvimento normais com tendência a baixo peso e altura. Pediatra orientava a mãe a aguardar que ia melhorar com a idade.

A mãe angustiada foi no otorrinolaringologista que solicitou exame de sangue e teste alérgico cutâneo - tudo normal. Por conta própria a mãe foi ao Neuropediatra que prescreveu um remédio chamado melatonina e neuleptil que pioraram as noites da criança. A mãe suspendeu após o primeiro dia de uso.

Ao chegar no consultório a criança apresentava facies de respirador oral- longa, boca entreaberta ( Foto 1 ), olheiras intensas, exame da cavidade bucal - amigdala no grau máximo do tamanho, palato ogival e muita dificuldade para se alimentar, dando preferencia a alimentos líquidos e pastosos.

Foi realizado o exame de nasofibrolaringoscopia pela narinas (foto 2 ) apresentando hipertrofia de adenoide ocupando 100% e confirmando uma amigdala também bem grande ( foto 3 ) no máximo grau de tamanho. Exame da audição - audiometria comportamental normal e imitanciometria curva A. ( foto 4 ).

Inicie medicação de corticoide tópico nasal e antileucotrieno), sem sucesso e após 1 mês a mãe me pediu para operar o filho. Solicitei o Risco cirúrgico para operar que foi liberado pelo pediatra.

A criança foi operada no dia 1/5/2021 no hospital Quinta Dor, procedimento de adenoamigdalectomia sob anestesia geral sem intercorrências ( foto 5 ), ficou 2 dias no CTI pediátrico em função da idade bem reduzida e melhor monitorização no pôs operatório.

Resultado da anatomia patológica – histopatológico da peça cirúrgica ( foto 6 ), hipertrofia de adenoide e amigdala

Com 5 dias de pós operatório na revisão no consultório a mãe afirmou que a criança ja conseguia dormir sem roncos e com qualidade adequada. As minhas secretarias no consultório observaram que a criança estava mais atenta e esperta no ambiente. ( foto 7 ).

Conclusão: Não existe uma idade predefinida para operar a adenoide e amigdala, esse meu pequeno paciente de 1 ano e 1 mês nos ensinou que devemos avaliar muito bem as queixas dos pais e com um simples exame físico definiu a causa do distúrbio do sono- uma intensa hipertrofia do tecido linfoide da adenoide e amigdalas.

Essa patologia gera uma dificuldade na passagem de ar, principalmente a noite causando uma respiração pela boca, roncos noturnos, baixo peso, redução na concentração e atenção e alguns casos perda auditiva.

Cada paciente necessita ser avaliado de forma individual, a idade não deve ser impeditiva para a cirurgia.

Significado:
- melatonina
- neulepitil
- palato ogival
- exame de nasofibrolaringoscopia: utilizamos uma aparelho com luz na extremidade para avaliar toda a cavidade nasal e região da faringe
-audiometria comportamental:
- imitanciometria
- corticoide tópico nasal
- antileucotrieno

Caso clinico 1
Foto - facie adenoidiana
Foto - exame de nasofibroscopia – evidenciando adenoide 90% ocupando a narina
Foto - amigdala no maximo tamanho – grau IV
Foto - audiometria e imitanciometria
Foto - imagem da cirurgia – adenoide, amigdala palatina direita e esquerda
Foto - resultado histopatologico
Foto - imagem da face do paciente após 10 dias de cirurgia

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