A celulite orbitária é uma infecção dos tecidos moles localizados na órbita (cavidade formada por um conjunto de ossos onde estão localizados nervos, músculos, vasos sanguíneos e o próprio olho). Pode ser classificada por celulite pré-septal (ou periorbitária, mais externa) ou pós-septal (mais interna). Em sua grande maioria, é causada por bactérias que já estão presentes na pele ou na via aérea do próprio paciente, sendo as principais: Haemophilus influenzae, Streptoccus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e a Moraxella catarrhalis.
Vários fatores podem levar ao surgimento da celulite, entre eles: trauma ocular, infecção nas vias lacrimais, picada de inseto, sinusite, conjuntivite, infecção cutânea, infecção de vias aéreas superiores entre outras.
É mais comum em crianças pré-escolares (até 6 anos de idade) devido a fragilidade das paredes ósseas que envolvem o olho.
Os principais sinais e sintomas são: vermelhidão ao redor do olho, inchaço, dor ao movimentar os olhos, febre e proptose. Caso não haja diagnóstico e tratamento precoces, a celulite pode se tornar extremamente grave, formar um abscesso orbitário, atingir estruturas vizinhas, causando meningite, perda da visão e até levar o paciente a óbito.
O diagnóstico é feito pelo profissional de saúde (pediatra, oftalmologista ou otorrinolaringologista) que deverá ouvir as queixas e observar os sintomas assim como solicitar exames laboratoriais, para identificar o microorganismo, e de imagem para avaliar a extensão da lesão.
Para o tratamento da celulite, o paciente deverá ficar internado numa unidade hospitalar e receber doses de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos na veia. Pode haver a necessidade cirúrgica caso haja a formação de abscesso orbitário, compressão do nervo óptico ou se o tratamento hospitalar não surtir efeito desejado após o tratamento inicial.